https://www.youtube.com/watch?v=AYRHdjeq87k
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Apresentação de Moçambique
https://www.youtube.com/watch?v=AYRHdjeq87k
Pequenos vídeos sobre conflitos entre RENAMO e FRELIMO (governo atual), 2013
Moçambique pode voltar a ter momentos de guerra.
https://www.youtube.com/watch?v=cgjd9cxxjn8
Conflito em Moçambique entre a RENAMO e o Governo
Militares
moçambicanos depois da tomada da base da RENAMO
em Satunjira,
Gorongosa, Provincia de Sofala
Em 21 de outubro de 2013, a RENAMO anunciou o fim do
Acordo Geral de Paz de Roma, depois que forças governamentais atacaram a base
da RENAMO na Gorongosa no centro do país. O conflito armado durou até o dia 5
de agosto de 2014, quando ambas as partes chegaram a um acordo de cessação das
hostilidades.
Referência:
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Periódicos Online de Moçambique
Enviados por um assinante moçambicano
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1464.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1468.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_nr1469.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1470.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1471.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1472.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1474.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1464.pdf
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file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_nr1469.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1470.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1471.pdf
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file:///C:/Users/User/Downloads/CanalMoz_n1474.pdf
Relato do senhor Urgel
“Olá Carla
Os amigos tratam-me em geral por Urgel com apelido Antunes.
Sou natural de Portugal, ( Trás - os - Montes) e a minha familia começou a vir para a colónia de Moçambique desde o meu avô paterno. Com 65 anos de idade, agnóstico mas com formação católica. Resido em Maputo. E...lutei nas Forças portuguesas.
O processo de descolonização começou por razões alheias aos povos africanos. Começou com a partilha do mundo em dois grandes blocos. A população foi sempre que possível resguardada e foram criados muitos aldeamentos para os acolher. Qualquer conflito gera desconfiança e Moçambique sofreu também desse mal. Em Moçambique a guerrilha manifestou-se apenas no norte e depois no leste por causa de investimentos de vulto como a barragem de Cabora Bassa
Depois da independência...melhorou muito na auto estima e sensação de liberdade mas....a economia....
Tudo de bom
Urgel”
Relato de Orlando Rodrigues, mora atualmente na cidade de Beira, Moçambique
“Há muito para se dizer sobre
Moçambique. Temos uma grande variedade de danças e cantos tradicionais,
conforme cada região, pois Moçambique é formado por diversos povos com
culturas e línguas diferentes porque o nosso mapa é o resultado da divisão do
território austral de África entre as antigas potências colonizadoras que, na
altura, não levaram em consideração a divisão de mesmos povos e a junção de
outros no mesmo território. O que nos une, actualmente, é a língua portuguesa
que é falada em todo território nacional. Em termos musicais, é mais conhecida
a "marrabenta" que é um estilo de música e dança relativamente
moderno e que é conhecido por todos os moçambicanos, mas tem origens no sul de
Moçambique.
Tal como a cultura, as religiões que
os moçambicanos professam são várias, sobretudo a Católica, mas o norte, de
influência árabe, pratica-se mais o islamismo. Actualmente tem aparecido todo o
tipo de religiões porque o país é laico e não há restrições de espécie alguma
nessa matéria, portanto, depende da fé de cada um. Os casamentos são, hoje em
dia, uma cópia dos casamentos europeus, mas ainda se respeitam algumas
tradições como o "lobolo", sobretudo nas áreas rurais, em que o
pretendente oferece bens materiais aos pais da noiva. No resto, não há muita
diferença com os casamentos de outros lugares.
Quanto a independência de
Moçambique, que faz 40 anos no próximo dia 25 deste mês, há a salientar que foi
o resultado de uma guerra movida contra o colonialismo português por um
movimento de libertação, a Frelimo, e que durou cerca de 10 anos e só terminou
quando Portugal reconheceu o direito à independência das suas ex-colónias.
Depois da independência, a Frelimo,
de características marxistas, governou o país como partido único, mas depois de
uma guerra civil desencadeada por um grupo anti-frelimo, que durou 16 anos
e terminou com os acordos de paz em Roma há cerca de 21 anos, Moçambique
tornou-se um país democrático, mas continua a ser governado pela Frelimo que
tem sistematicamente ganho todas as eleições.
Cumprimentos
Orlando”
Imagens de Descolonização
Periódico A Batalha de linha anarquista
Duas imagens mostrando os soldados moçambicanos.
Referências:
http://cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt/17040.html
https://ocaravanserai.wordpress.com/2013/03/22/a-guerra-pela-descolonizacao-de-mocambique/
http://kilombagem.org/sobre-mocambique-por-jose-chasin-1980/
Independência e Descolonização
Moçambique
completa 40 anos de sua independência no dia 25 de junho de 2015.
A nova forma do colonialismo
português introduziu formas que impediam o desenvolvimento da população em
geral. Então começaram algumas manifestações contra o domínio colonial, como
exemplo greves dos trabalhadores. Essas manifestações tomaram proporções
maiores com o desenvolvimento dos movimentos nacionalistas armados: FRELIMO
(Frente de Libertação de Moçambique).
A FRELIMO foi fundada no
exílio e no ano de 1964 iniciou a luta pela libertação de Moçambique. O combate
oficial foi no dia 25 de setembro de 1964, com o ataque ao posto administrativo
de Chai, em Cabo Delgado. A estratégia que foi usada foi a criação das “zonas
libertadas”, área do território moçambicano que estava fora do controle dos
portugueses. Assim os revolucionários conseguiam fazer o seu sistema de
administração, como se fosse um estado dentro do outro.
O conflito contra as forças coloniais se
estendeu para outras províncias e durou cerca de 10 anos. Ao assumirem um
território, as forças revolucionárias estabeleciam as zonas libertadas,
garantindo bases seguras, abastecimento e vias de comunicação.
O fim da guerra se
deu com a assinatura dos Acordos de Lukasa em 1974. Neste período se
estabeleceu um governo provisório composto por representantes do FRELIMO e do
governo Português que foi até o dia 25 de junho de 1975, data em que foi
proclamada oficialmente a independência nacional de Moçambique.
Após a independência, os portugueses, que
eram aproximadamente 250 mil, foram praticamente todos embora.
“A FRELIMO, que aglutinava movimentos de distintas
orientações numa única organização, já controlava parte do país quando a
Revolução dos Cravos em Portugal precipitou os acontecimentos. Com a fuga da
maior parte da elite branca, Moçambique passou a ser governado por um movimento
predominantemente negro, que se proclamava marxista-leninista, nas fronteiras
da Rodésia e da África do Sul, países cujos movimentos de libertação passaram a
receber apoio moçambicano.” (VIZENTINI, p.129, 2007)
Em suma, o que se pode concluir é que a FRELIMO foi
responsável pela independência de Moçambique.
“Ambos os países (Angola e Moçambique), mantiveram
relações econômicas essencialmente voltadas para o Ocidente, devido a
impossibilidade de emancipar a produção e o comércio exterior das estruturas
herdadas do colonialismo, bem como a necessidade de evitar completo isolamento
diplomático desses países.” (VIZENTINI, p.130, 2007)
Bandeira de Moçambique sendo asteada.
Referências:
VIZENTINI,
Paulo Fagundes. Breve História da
África. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.
Vídeo da Independência dia 25 de junho
O vídeo nos mostra o momento em que o presidente Samora Machel oficializa a Independência de Moçambique em 25 de junho de 1975.
As lutas da pessoas moçambicanas contra as forças portuguesas, teve como nome de Luta armada de Libertação Nacional, teve inicio em 1964.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Força Militar Colonial de Moçambique
1ª Força Expedicionária de Moçambique - Agosto de 1914
Em 18 de agosto
de 1914 foi decretado enviar uma força militar expedicionária a Moçambique de
1.500 homens. A 1ª Força Expedicionária de Moçambique tinha 1.527 homens. Era
composta pelo 3º Batalhão de Infantaria n.º 15, de Tomar, na verdade só 200
homens eram do Regimento de Tomar, os restantes 800 eram voluntários de outras
unidades, que não conheciam os oficiais nem tinham instrução militar
suficiente, uma bateria de artilharia de montanha, um esquadrão de cavalaria e
elementos de saúde, sapadores, telegrafistas e administrativos. Um dos maiores
problemas que as forças expedicionárias apresentavam era a falta de hábitos de
higiene, que causou grandes baixas junto dos efetivos, sem contar com o
analfabetismo que dificultou a instrução militar, cívica e de higiene.
Em 11 de setembro parte de Lisboa a 1ª Força
Expedicionária de Moçambique, a qual foi comandada pelo Tenente-coronel Pedro
Massano de Amorim. A improvisação também se fez sentir nas disposições para o
embarque da Expedição, que por falta de navios de transportes nacionais foi
necessário contratar um paquete inglês, o "Durham Castle".
A viagem foi
muito incômoda, pelo grande número de solípedes que o navio transportava.
Chegado o "Durham Castle" a Lourenço Marques, em 16 de Outubro. A
Força Expedicionária teve de fazer o transbordo do vapor "Durham
Castle" para o vapor "Moçambique", onde foi transportada para o
Porto Amélia.
A cidade era
ostensivamente a sede da Companhia do Niassa, a quem estava subcontratada a
administração do norte da colônia. Como esta Companhia era controlada
maioritariamente por acionistas alemães, não foi de espantar que não tenha
existido qualquer preparação para receber as tropas da 1ª Força
Expedicionária de Moçambique. O embarcadouro principal encontrava-se ainda em
ruínas desde o ciclone do ano anterior, assim como muitas das casas ainda se
encontravam sem telhado.
Foi grande a
decepção dos expedicionários quando nada viram preparado para os acolher.
Novamente era necessário improvisar. De Lisboa fora pedido que se preparasse o
estacionamento de uma base militar em Porto Amélia, mas por falta de recursos
locais, por incapacidade e falta de vontade da Companhia do Niassa e falta de
iniciativa do Governador da Colônia, nada se encontrava preparado. Este fato
foi repetido em cada uma das expedições que se seguiram, sendo constantemente
necessário construir todo o tipo de infraestruturas.
Com a derrota das
tropas inglesas, sem uma definição de objetivos militares específicos por parte
do Ministério da Guerra e do Governador de Colônia Álvaro de Castro, o
Tenente-coronel Massano de Amorim manteve a 1ª Força Expedicionária de
Moçambique no perímetro de Porto Amélia, numa atitude de defesa e de
neutralidade. A razão da missão
aparentava mais com uma necessidade política do Governo Português, do que com
uma necessidade de ordem militar, o que também contribuiu para a inatividade
militar. Em contrapartida, não existiam condições sanitárias, não existia
comida de qualidade e os homens tinham de dormir sem redes de proteção contra
os mosquitos. Quando a época das chuvas chegou Porto Amélia transformou-se num
pântano e as doenças transformaram-se em epidemias.
2ª Força Expedicionária de Moçambique - Agosto de 1915
A 23 de agosto
1915 foi decretada uma segunda expedição, desta vez comandada pelo Major de
Artilharia Moura Mendes. A 2ª Força Expedicionária de Moçambique era formada
pelo 3º Batalhão do Regimento de Infantaria n.º 21, de Penamacor, a 5ª Bataria
de artilharia de montanha, a 2ª bataria de metralhadoras do 7º Grupo, o
4º Esquadrão do Regimento de Cavalaria n.º 3 e tropas de engenharia
(sapadores mineiros e telegrafistas de campanha), administrativos (equipagens e
subsistência) e saúde. (41 oficiais, 1.502 praças).
Esta segunda expedição
chegou Porto Amélia (Moçambique) a sete de Novembro de 1915. O comandante da
expedição Major José Luís de Moura Mendes nunca tinha servido nas colônias e a
sua nomeação estava mais ligada aos seus contatos políticos no Governo da
República, do que ligado à sua capacidade militar. As suas ordens eram para
defender a fronteira do rio Rovuma e criar uma rede de postos de observação ao
longo do rio desde o Oceano Índico até ao afluente rio Lujenda.
O Major Moura
Mendes ignorou os avisos do comandante da 1ª Força Expedicionária, quando o
avisou da que o Governo de Lisboa lhe estava a pedir e que deveria resolver
rapidamente o problema do aquartelamento das tropas no Porto Amélia. Manteve o
Quartel-general perto do porto, numa zona insalubre, e por falta de hábitos de
higiene das tropas aquarteladas, rapidamente apareceram doenças que também se
tornaram epidemias e atingiram quase todos os expedicionários. Os militares
mantiveram-se dentro das fronteiras da colônia portuguesa numa posição
defensiva, tendo passado o ano de 1915 sem qualquer contato com as
forças alemãs.
A nove de março
de 1916 a Alemanha declarou guerra a Portugal e o Governador Geral de
Moçambique, Álvaro de Castro, retoma novamente o objetivo de reocupar o
Quionga, de invadir a colônia alemã até ao rio Rufigi e de colaborar com as
tropas britânicas solicitado. Abre-se um conflito entre o comandante da 2ª
Força Expedicionária de Moçambique, Major Moura Mendes e o Governador Geral,
chegando ao limite do Governador não se interessar por entender a realidade e
apenas forçar uma ação para satisfazer as pressões políticas. Álvaro de Castro
afirmou: "Lisboa não estava interessada no que era possível,
apenas em vitórias gloriosas".
Combate de Namaca
A 19 de maio
chegou à foz do rio Rovuma o Cruzador "NRP Adamastor" e a Canhoneira
"NRP Chaimite" que colaboraram ativamente com as forças
expedicionárias. Uma pequena força de marinha desembarcou junto do posto alemão
Fábrica e incendiou tudo quanto era combustível, palhotas e cercados, sem que o
inimigo disparasse um tiro.
A 23, tentou
a marinha, com as suas lanchas, novo desembarque no mesmo posto, mas foi
alvejada pelas metralhadoras alemãs, pelo que teve de retirar com três mortos e
seis feridos. Foi então resolvido tentar-se a passagem do Rovuma, em força e
assim a 27 de maio, forçou-se a passagem, sob o comando do Major Moura Mendes,
assistindo o Governador Geral Álvaro de Castro de bordo do cruzador Adamastor.
Foi um ataque coordenado entre forças da marinha que tinham por missão um
desembarque e forças do exército que tinham por missão atravessar o rio mais a
montante. O ataque foi repelido pelos alemães após várias horas de combate,
tendo-se verificado três oficiais e 30 praças mortos, quatro oficiais e 20
praças feridos e dois oficiais e seis praças prisioneiros. Representou um
grande esforço, bem executado, mas mal sucedido.
Este insucesso
paralisou a 2.ª expedição durante quatro meses e inutilizou a sua ação
ofensiva, mantendo-se contudo a reocupação da margem sul do Rovuma. Verificaram-se
numerosas ações neste período, tendo esses pequenos combates o mesmo aspecto do
ataque alemão ao nosso posto de Maziúa.
3ª Força Expedicionária de Moçambique - Maio 1916
A 25 de maio de
1916 foi decretada uma terceira expedição, desta vez comandada pelo General
Ferreira Gil. A 3ª Força Expedicionária de Moçambique era formada por três
batalhões de infantaria, respectivamente: Regimento de Infantaria n.º 23 de
Coimbra, Regimento de Infantaria n.º 24 de Aveiro e regimento de Infantaria
n.º 28 Figueira da Foz. Três baterias de metralhadoras, três baterias de
artilharia de montanha, uma companhia mista de sapadores-engenheiros,
telegrafistas e pontoneiros, elementos de serviços de saúde, administrativos e
de transporte no total de 159 oficiais, 4.483 praças e 945 solípedes.
Acrescia ainda duas companhias de Guarda Republicana com um total de 460
homens.
Foram ainda
enviados 432 praças do Regimento de Infantaria n.º 21, nos termos do
Regulamento Disciplinar, por se terem insubordinado. Estes homens formavam duas
companhias, só com oito sargentos castigados e sem enquadramento de oficiais,
tendo a particularidade de se apresentarem em África sem capacetes de feltro e
só com os fatos de mescla com que deviam ter seguido para França.
Execução do Plano de Invasão - Objetivo Lindi.
Foi dado ao
aliado britânico a indicação que iríamos cooperar com as "Colunas do
Norte" através da invasão do território alemão através da zona litoral a
norte do Rovuma, numa marcha em direção de Mikindani até Lindi, para onde se
transferiria a base marítima de Palma. Na prática reajustar a fronteira de
Moçambique para o rio Lukuled.
Assim
enquanto em Namôto se fazia a concentração das forças para atravessar o Rovuma,
40 Km mais acima a "Coluna Negra" a 16 de Setembro fez um
reconhecimento no vau de Mayembe e a 17 de Setembro um reconhecimento no vau de
N'hica, tendo acontecido em ambas as situações trocas de tiros com o inimigo.
Esta coluna era constituída por uma secção de TSF, um pelotão de infantaria
montada (comandada pelo Alferes Carlos Selvagem), uma divisão de Artilharia de
Montanha, uma companhia europeia do Batalhão de Infantaria 23, uma bateria do
4º Grupo de Metralhadoras (comandado pelo Capitão Zilhão) e as companhias
indígenas 19ª, 21ª (comandada pelo Capitão Francisco Curado) e 23ª. Comandava a
coluna o Capitão Liberato Pinto (Estado-maior)
A 18 de setembro,
a 21ª Companhia Indígena, comandada pelo Capitão Francisco Curado, e suportada
pelo pelotão de infantaria montada, efetuou um novo reconhecimento junto do rio
Rovuma, para a passagem da "Coluna Negra", tendo acontecido novo
contato com patrulhas inimigas, que foram prontamente repelidas pela força de
reconhecimento. Esta coluna destinava-se a cobrir o flanco esquerdo da coluna
principal que se preparava para atravessar o rio Rovuma junto a Namôto, através
do vau de N'hica.
A 19 de setembro,
às 5 horas da manhã, foi iniciada a travessia do Rovuma (vau de N'hica) pela
força principal portuguesa, dando início à invasão da África Oriental
Alemã. A força era constituída por 4.000 homens, 10 metralhadoras e 14
peças de artilharia de fogo rápido, organizadas em três colunas e uma reserva
geral, comandada pelo General Ferreira Gil.
A coluna do
lado jusante do rio compunha-se por: um pelotão de Sapadores Mineiros, uma
divisão de Artilharia de Montanha, uma bateria do 5º Grupo de Metralhadoras,
três companhias do Batalhão de Infantaria 24 (europeus) e a 25ª Companhia
Indígena, e era comandada pelo Major Pires, auxiliado pelo Capitão Mesquita
(Estado-maior).
A coluna
central compunha-se da Guarda Republicana de Lourenço Marques, uma bateria do
7º Grupo de Metralhadoras, três companhias do Batalhão de Infantaria 23
(europeus), e era comandada pelo Major Aristides Cunha, auxiliado pelo Capitão
Brito (Estado-maior).
A coluna a
montante compunha-se da 2ª bateria do 8º Grupo de Metralhadoras, a 22ª
Companhia Indígena, três companhias do Batalhão de Infantaria 28 (europeus), a
escolta do Quartel-general, e era comandada pelo Major Lobo, auxiliado pelo
Capitão Machado (Estado-maior).
A reserva
geral, que dependia do Quartel General era composta por uma companhia do
Batalhão de Infantaria 24 (europeus), uma companhia do Batalhão de Infantaria
28 (europeus), uma companhia indígena e diversa cavalaria e artilharia.
A travessia
foi apoiada por fogo da Artilharia de Montanha e pelo fogo de metralhadora e de
artilharia do "NRP Adamastor", que se tinha colocado na foz do rio.
Existiram ainda outras ações de diversão a montante de N'hica, perto de
Mocimboa do Rovuma, comandada pelo Capitão Torre Vale de Infantaria. Pelas 14
horas a margem esquerda do Rovuma estava ocupada, tendo a forças portuguesas
acampado em Migomba, perto do local de travessia e aí se fortificaram e mantiveram
longamente até 14 de outubro, porque, entretanto as forças do General Jan Smuts
tinham ocupado as localidades litorais de Mikindani e Lindi, como um plano para
impedir os portugueses de virem a reclamar territórios na colônia alemã.
Nesta situação o
General Ferreira Gil decide estudar um avanço em direção ao distrito de
Mahenge, com o objetivo de ir ocupando o território conforme avançavo.
Ficou então, por solicitação dos ingleses, determinado um primeiro objetivo, a
tomada de Songea, uma localidade interior perto do lago Niassa e junto da
nascente do rio Rovuma. No entanto a incapacidade de fazer avançar uma
força portuguesa de ataque, aumentou a já existente deterioração das relações
Anglo-Portuguesas, ou seja, entre o General Ferreira Gil e o General Jan
Smuts. Os ingleses acabam por ocupar eles próprios a localidade de
Songea.
Entretanto a
25 de Setembro, o Capitão Liberato Pinto é apontado para uma nova missão,
comandar uma coluna de exploração a Nevala e com ele parte a "Coluna
Negra".
4ª Força Expedicionária de Moçambique - Setembro 1917
Entre janeiro e setembro
de 1917, o Governador Geral Álvaro Castro assumiu o comando militar de
Moçambique. Entretanto houve a necessidade de dominar uma revolta indígena no
Barué.
Em 12 de setembro
o Coronel Sousa Rosa, oficial enérgico, mas sem experiência colonial, assume o
comando da 4ª Expedição.
A 12 de setembro
de 1916 foi decretada uma quarta expedição, desta vez comandada pelo Coronel
Sousa Rosa. A 4ª Força Expedicionária de Moçambique era formada por três
batalhões de infantaria, respectivamente: Regimento de Infantaria n.º 29 de
Braga, 30 de Bragança e 31 do Porto. baterias de metralhadoras, duas
baterias de artilharia de montanha, uma companhia mista de sapadores ,
engenheiros, telegrafistas e pontoneiros, elementos de serviços de saúde,
administrativos e de transporte no total de 209 oficiais, 5.058 praças.
Foram ainda enviados mais 108 oficiais e 4.401 praças para reforço das tropas
enviadas em expedições anteriores. Foram, ainda, enviados quadros para
organizar 20 companhias indígenas e um esquadrão de cavalaria, 55 camiões
de transporte, quatro postos de telegrafia sem fios e uma esquadrilha de
aviação (3 aviões monomotores Farman).
Combate de Serra Mecula - 1917
A força do
comandante Wahle que progredia rio Chiulezi acima, em direção a Mwemba, veio de
encontro à Companhia Indígena do Capitão Francisco Curado, apoiada por uma
bateria de metralhadoras, que cobria os abastecimentos concentrados em Nanguar.
No dia 1° de dezembro o Capitão Francisco Curado escolheu o local para combater
os alemães, que lhe permitia um bom campo de tiro e a construção de um
entrincheiramento.
No dia três
de dezembro, às 5 horas da manhã deu-se o primeiro contato com o destacamento
alemão de Wahle, que duraram sete horas de fogo e que fez com que os alemães
tivessem de retirar com bastantes baixas. No dia quatro e cinco de dezembro
foram melhoradas as defesas e os campos de tiro.
No dia seis
de dezembro o comandante Wahle voltou a atacar as forças portuguesas, desta vez
com mais efetivos e mais metralhadoras. O combate durou de manhã ao por do sol.
Durante a noite os alemães aproveitaram a escuridão para se aproximarem, para
voltarem a atacar logo de manhã no dia sete de dezembro. Foi mais um dia de
combate e os alemães foram novamente repelidos.
No dia oito
de dezembro os alemães trouxeram para o combate duas peças de artilharia, que
lhes permitiu cobrir o fogo defensivo das nossas metralhadoras, envolver a
nossa posição defensiva e apoderar-se dos abastecimentos da companhia. A uma
hora da tarde tinha terminado o último assalto alemão e o combate terminado. O
Combate da Serra Mecula foi o exemplo de uma resistência tenaz que duraram
quatro dias, até que a companhia e a bateria de metralhadoras ficaram reduzidas
a 36 homens, incluindo a morte em combate do Tenente Viriato de Lecerda. Foi
uma das ações mais impressionantes da campanha de Moçambique, dando realce à
figura prestigiada do comandante Capitão Francisco Curado, a quem chamaram
"O Contestável do Rovuma".
Os alemães
conseguem efetuar a ocupação militar em toda a região compreendida entre
Muemba, Chirumba, Luambla, Namuno, Mualia, Montepuez, até ao rio Lúrio,
conservando o controlo do território desde Novembro de 1917 até abril de 1918.
Por razões de obtenção de mantimentos, munições e material de guerra, a invasão
teve um eixo dirigido de norte para sul, seguindo os postos administrativos e
militares portugueses: Negomano, Nanguar, Chirumba, Muembe, Namuno, Montepuez,
Mecúfi, Muíte, Malema, Alto Molócué, Ile, Alto Ligonha, Lugela e Namacurra.
A 13 de dezembro começam a chegar os primeiros transportes ingleses a Porto Amélia começa a morosa organização de uma coluna inglesa, sob o comando do Coronel Rose, enquanto o General Van Deventer se desloca a Lourenço Marques para conferenciar com o governador geral interino, uma vez que Álvaro de Castro tinha regressado a Lisboa. Em abril de 1918 termina finalmente o desembarque de tropas inglesas, que ficam sob o comando do General Edwards. O contingente levou cinco meses desde o inicio do desembarque até que se tornou operacional. Os mesmos navios transportam as tropas portuguesas que se encontravam em Porto Amélia para a cidade de Moçambique.
A 13 de dezembro começam a chegar os primeiros transportes ingleses a Porto Amélia começa a morosa organização de uma coluna inglesa, sob o comando do Coronel Rose, enquanto o General Van Deventer se desloca a Lourenço Marques para conferenciar com o governador geral interino, uma vez que Álvaro de Castro tinha regressado a Lisboa. Em abril de 1918 termina finalmente o desembarque de tropas inglesas, que ficam sob o comando do General Edwards. O contingente levou cinco meses desde o inicio do desembarque até que se tornou operacional. Os mesmos navios transportam as tropas portuguesas que se encontravam em Porto Amélia para a cidade de Moçambique.
A 18 de dezembro
o Governo de Lisboa, dá autorização à solicitação de 12 de dezembro do Governo
Britânico para desembarcar tropas em Porto Amélia. Mais tarde, em oito de
janeiro de 1918, é dado o acordo para que haja cooperação entre as forças
portuguesas e britânicas, configurando-se que o comando seria do chefe mais
graduado, organizando-se todavia um Quartel General misto.
A 27 de dezembro
as forças portuguesas que defendiam a posição nos Montes Oizulos capitula em
combate perante o ataque do General Wahle, tendo três mortos e três feridos. No
final de dezembro as forças alemães tinham expulsados as tropas portuguesas dos
territórios da Companhia do Niassa.
Combate de Nhamacurra – 1918
Os ingleses detinham na
zona de Nhamacurra os serviços de segurança e reconhecimento, pelo que as
informações prestadas pelo comando inglês em 30 de junho eram que não havia
notícias do inimigo e que o rio Licungo não é vadeável. Mas, no entanto, apesar
de ter sido atravessado pelas forças alemãs com água pelo pescoço, conseguiram
avançar sobre Nhamacurra. Este posto era muito importante para os alemães
porque apresentavam grande quantidade de mantimentos armazenados. Nhamacurra
ficava a 40 km a Norte de Quelimane.
O comando, por
antiguidade pertencia ao major português, mas como acontecia frequentemente o
oficial inglês foi promovido a Tenente-coronel para tomar o comando da força. O
então Tenente-coronel Brown, dispôs as forças de forma muito dispersa,
a posição das trincheiras, tinha mais de três quilômetros de
desenvolvimento e era cortada por uma difícil linha de água. Dificilmente
as três companhias portuguesas e duas inglesas poderiam apoiar-se entre si.
No dia 1° de julho
foi efetuado um ataque de surpresa sobre o setor português na esquerda do
dispositivo. No combate, a 39ª e a 25ª Companhia Indígena, suportadas por
duas metralhadoras e duas peças de artilharia de tiro rápido. A 39ª Companhia
Indígena combateu cerca de três horas antes de retirar e a 25ª Companhia
Indígena fugiu. Os portugueses tiveram dois oficiais e um sargento mortos,
muitos feridos e onze oficiais prisioneiros. No final de dia 1°, os portugueses
e os ingleses que se encontravam na zona central do dispositivo de defesa
retiraram para o lado direito, concentrando-se na estação de caminho de ferro.
No dia dois de julho
os alemães voltaram a atacar, um primeiro ataque ao amanhecer e outro ao
anoitecer, ambos repelidos.
No dia três de julho,
às 6 horas da manhã, iniciam um ataque com maior intensidade do que do dia
anterior e às 15 horas abrem fogo com duas peças de artilharia, provocando
desordem o aparecimento de civis nas trincheiras. O pânico entre as tropas
inglesas leva que muitos fujam para o rio, onde morrem afogados o comandante
inglês Brown e muitas praças, devido à forte corrente e à largura do rio
avaliada em 80 metros. Depois do combate de Nhamacurra, ainda apareceu subindo
o rio um vapor com munições e abastecimentos, o qual foi capturado pelos
alemães, que já não tinham carregadores que chegassem para transportar todos os
mantimentos e munições capturadas.
O combate de
Nhamacurra foi a última ação importante dos portugueses no período do comando
do coronel Sousa Rosa, que em sete de julho regressava à Metrópole. Foi nomeado
comandante em sua substituição o general Gomes da Costa, meses antes regressado
da França, o qual, porém, só chegou a assumir o comando em 21 de dezembro,
depois do Armistício.
Forças expedicionárias a caminho de África, em 1914
Comandante da força expedicionária a Moçambique de 1914, foi Governador-Geral da Índia em 1926.
Fronteira Norte de Moçambique
Referências:
http://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=924
http://www.momentosdehistoria.com/MH_05_02_Exercito.htm
http://www.momentosdehistoria.com/MH_05_02_Exercito.htm
CORREIA, António Mendes (1947), “A guerra de guerrilhas em Moçambique”, RM 99, Ago/Set, pg. 443-459.
domingo, 14 de junho de 2015
Revoltas, rebeliões e conflitos políticos
A ocupação colonial não foi pacífica. Os
moçambicanos impuseram sempre lutas de resistência com destaque para as
resistências chefiadas por Mawewe, Muzila, Ngungunhane, Komala, Kuphula,
Marave, Molid-Volay e Mataca.
A resistência no sul de Moçambique
No início do século XIX, Lourenço Marques,
era uma pequena povoação onde viviam alguns comerciantes portugueses as suas
famílias e um governador representando o rei de Portugal. Este obrigava a
população a pagar imposto que se chamava de “imposto de palhotas”.
Em 7 de Novembro de 1894, deu-se a batalha
de Coalela. Os portugueses organizavam-se para o ataque em forma do quadrado,
esta chamava-se de tática de quadrado. Em 28 de Dezembro de 1895, os
portugueses atacaram a capital do império de Gaza (Manjacaze), nesta batalha os
portugueses utilizaram metralhadoras, cavalos e chefiados por Mouzinho de
Albuquerque. O Ngungunhane, imperador de Gaza, e Matibjane, chefe de Zixaxa,
foram presos e deportados para a Ilha de Açores (Portugal) onde vieram a
falecer.
Continuando os portugueses no território,
a luta de resistência contra os colonialistas também continuou com o novo chefe
Maguiguane. Este resistiu heroicamente aos portugueses, organizou revoltas
populares atacando com sucesso os postos militares dos portugueses.
Em oito de agosto de 1897, deu-se a
batalha de Macontene. Nesta batalha os portugueses utilizaram metralhadoras,
cavalos, sipáios. Os nossos guerreiros utilizavam lanças, setas, e espingardas
de carregar pela boca.
A resistência no norte de Moçambique
Também no norte de Moçambique houve forte
resistência do povo à ocupação colonial portuguesa.
Desde 1895 até 1940 foram travadas
violentas e sucessivas batalhas. Os principais chefes que se distinguiram foram
Mocutu-Munu e Ibrahim (Monapo e Ilha de Moçambique).
Os Namarrois, povo desta região utilizavam
uma tática diferente dos guerreiros de Gaza, eles utilizavam a emboscada que
consistia na maior movimentação dos guerreiros em pequenos e grandes grupos.
Aproveitavam as montanhas, árvores e capim alto para se esconder e atacavam de
surpresa os colonialistas portugueses.
A emboscada atrapalhava muito os soldados
portugueses, por isso sofreram constantes derrotas.
As guerras dos Namarróis, começou em
Outubro de 1896 e depois de defendidos os combates por onde participaram
travadores do norte e sul com apoio de Mouzinho de Albuquerque. Outros chefes
destacados são: Farlahi, de Angoxe, Mataca, de Niassa, e Mussa-Quanto, de
Nampula. A principal batalha foi no quartel de Parapato em 1905 e distribuição
de vários quartéis portugueses até Mongicual. Farlahi foi preso em 1910 e foi
deportado para a Guiné onde veio a morrer em 1918. Também em Cabo Delgado,
os guerreiros do Planalto de Moeda resistiram heroicamente até 1920.
A resistência no centro de Moçambique
Na
região central, antigos chefes de Báruè resistiram de modo tenaz durante muitos
anos chefiados por Cambuemba.
Cambuemba foi derrotado em 1902 quando
os portugueses utilizaram um grande número de soldados, metralhadoras e
canhões. Em 1917 os colonialistas portugueses obrigaram a população a
participar na construção de estradas e a alistarem-se no exército português. A
este descontentamento chamou-se a Rebelião de Báruè.
A população de Báruè, Tete, Manica e
Sofala, revoltaram-se contra estas decisões durante cinco anos, os portugueses
não conseguiram derrotar o povo de Báruè.
A
ocupação efetiva de Moçambique prolongou-se até 1920. Não obstante as lutas de
resistência contra o colonialismo português continuaram sob diversas formas até
a independência.
Texto retirado do site. <http://salatinho.blogspot.com.br/2007/11/perodo-de-colonizaao-portuguesa-em.html>. Acesso em: 13 jun. 2015
Período Colonial
Os primeiros povos que habitaram Moçambique eram os chamados
Bosquímanos, que tinha como as principais características a caça recoletora.
Com a chegada dos povos Bantu que tinha hábitos guerreiros, forçaram a fuga dos
povos primitivos para as regiões mais pobres do país.
Quando Vasco da Gama chegou pela
primeira vez nas terras moçambicanas, em 1497, já existia entrepostos comercias
com os árabes, e já tinha grande parte da população adeptas do Islamismo.
No final do século XV teve uma forte penetração
mercantil pelos portugueses, principalmente pela demanda de ouro que era
destinado a aquisição de especiarias na Ásia. Inicialmente, os portugueses
fixaram - se no litoral, onde construíram as fortalezas de Sofala. Somente muito
mais tarde através do forte armamento e do grande número de soldados
conseguiram conquistas militares, apoiadas pelas atividades missioneiras e
comerciais, e com apoio de alguns chefes locais, é que os portugueses
conseguiram adentrar para o interior. Com isso, a primeira fase de dominação, teve
como propósito dos portugueses não somente a demanda de ouro, mas sim a dominação
da zona de produção de ouro. Os dominadores portanto não queriam mais apenas trocar bens, mas sim exercer o poder nesses territórios. As outras duas fases foi marcada pela dominação do
marfim e de escravos, onde eram os principais produtos mercantis.
Com a conferência de Berlim
(1884/1885), Portugal ficou para realizar a colonização da região de Moçambique. As formas administrativas implicavam certa integração política. A dominação foi considerada, conforme a tese de assimilação, como prolongamentos ultramarinos do Estado Nacional.
Com a incapacidade militar e econômica de Portugal, a
alternativa encontrada foi o arrendamento da soberania e poderes a companhias majestáticas
e arrendatárias. A Companhia de Moçambique e a
Companhia do Niassa são os exemplos típicos das companhias majestáticas. O
sistema de companhias foi usado no Norte do rio Save, onde esses dedicaram – se principalmente a uma economia de plantações
e um pouco do tráfico de mão de obra para países vizinhos. Também nas colonias portuguesas, os rendimentos provinham da exploração de produtos naturais, como algodão, açúcar, café e borracha.
O Sul do Rio Save (províncias de Inhambane,
Gaza e Maputo) ficaram sob administração direta do Estado colonial. Nesta região do país foi desenvolvida basicamente uma economia
de serviços na exportação da mão de obra para as minas sul-africanas e no transporte
ferro-portuário. Esta divisão econômica regional explica a razão da atual simetria de desenvolvimento entre o norte e o
sul do país.
Em 1914 quase toda a África estava sob dominação europeia.
Em 1914 quase toda a África estava sob dominação europeia.
MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2013
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