quarta-feira, 17 de junho de 2015

Independência e Descolonização

Moçambique completa 40 anos de sua independência no dia 25 de junho de 2015.

    A nova forma do colonialismo português introduziu formas que impediam o desenvolvimento da população em geral. Então começaram algumas manifestações contra o domínio colonial, como exemplo greves dos trabalhadores.  Essas manifestações tomaram proporções maiores com o desenvolvimento dos movimentos nacionalistas armados: FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique).
     A FRELIMO foi fundada no exílio e no ano de 1964 iniciou a luta pela libertação de Moçambique. O combate oficial foi no dia 25 de setembro de 1964, com o ataque ao posto administrativo de Chai, em Cabo Delgado. A estratégia que foi usada foi a criação das “zonas libertadas”, área do território moçambicano que estava fora do controle dos portugueses. Assim os revolucionários conseguiam fazer o seu sistema de administração, como se fosse um estado dentro do outro.  
        O conflito contra as forças coloniais se estendeu para outras províncias e durou cerca de 10 anos. Ao assumirem um território, as forças revolucionárias estabeleciam as zonas libertadas, garantindo bases seguras, abastecimento e vias de comunicação.
      O fim da guerra se deu com a assinatura dos Acordos de Lukasa em 1974. Neste período se estabeleceu um governo provisório composto por representantes do FRELIMO e do governo Português que foi até o dia 25 de junho de 1975, data em que foi proclamada oficialmente a independência nacional de Moçambique.

  Após a independência, os portugueses, que eram aproximadamente 250 mil, foram praticamente todos embora.


“A FRELIMO, que aglutinava movimentos de distintas orientações numa única organização, já controlava parte do país quando a Revolução dos Cravos em Portugal precipitou os acontecimentos. Com a fuga da maior parte da elite branca, Moçambique passou a ser governado por um movimento predominantemente negro, que se proclamava marxista-leninista, nas fronteiras da Rodésia e da África do Sul, países cujos movimentos de libertação passaram a receber apoio moçambicano.” (VIZENTINI, p.129, 2007)

Em suma, o que se pode concluir é que a FRELIMO foi responsável pela independência de Moçambique.

“Ambos os países (Angola e Moçambique), mantiveram relações econômicas essencialmente voltadas para o Ocidente, devido a impossibilidade de emancipar a produção e o comércio exterior das estruturas herdadas do colonialismo, bem como a necessidade de evitar completo isolamento diplomático desses países.” (VIZENTINI, p.130, 2007)

Bandeira de Moçambique sendo asteada.


                                      






Referências:



VIZENTINI,  Paulo Fagundes. Breve História da África. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.


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