Moçambique
completa 40 anos de sua independência no dia 25 de junho de 2015.
A nova forma do colonialismo
português introduziu formas que impediam o desenvolvimento da população em
geral. Então começaram algumas manifestações contra o domínio colonial, como
exemplo greves dos trabalhadores. Essas manifestações tomaram proporções
maiores com o desenvolvimento dos movimentos nacionalistas armados: FRELIMO
(Frente de Libertação de Moçambique).
A FRELIMO foi fundada no
exílio e no ano de 1964 iniciou a luta pela libertação de Moçambique. O combate
oficial foi no dia 25 de setembro de 1964, com o ataque ao posto administrativo
de Chai, em Cabo Delgado. A estratégia que foi usada foi a criação das “zonas
libertadas”, área do território moçambicano que estava fora do controle dos
portugueses. Assim os revolucionários conseguiam fazer o seu sistema de
administração, como se fosse um estado dentro do outro.
O conflito contra as forças coloniais se
estendeu para outras províncias e durou cerca de 10 anos. Ao assumirem um
território, as forças revolucionárias estabeleciam as zonas libertadas,
garantindo bases seguras, abastecimento e vias de comunicação.
O fim da guerra se
deu com a assinatura dos Acordos de Lukasa em 1974. Neste período se
estabeleceu um governo provisório composto por representantes do FRELIMO e do
governo Português que foi até o dia 25 de junho de 1975, data em que foi
proclamada oficialmente a independência nacional de Moçambique.
Após a independência, os portugueses, que
eram aproximadamente 250 mil, foram praticamente todos embora.
“A FRELIMO, que aglutinava movimentos de distintas
orientações numa única organização, já controlava parte do país quando a
Revolução dos Cravos em Portugal precipitou os acontecimentos. Com a fuga da
maior parte da elite branca, Moçambique passou a ser governado por um movimento
predominantemente negro, que se proclamava marxista-leninista, nas fronteiras
da Rodésia e da África do Sul, países cujos movimentos de libertação passaram a
receber apoio moçambicano.” (VIZENTINI, p.129, 2007)
Em suma, o que se pode concluir é que a FRELIMO foi
responsável pela independência de Moçambique.
“Ambos os países (Angola e Moçambique), mantiveram
relações econômicas essencialmente voltadas para o Ocidente, devido a
impossibilidade de emancipar a produção e o comércio exterior das estruturas
herdadas do colonialismo, bem como a necessidade de evitar completo isolamento
diplomático desses países.” (VIZENTINI, p.130, 2007)
Bandeira de Moçambique sendo asteada.
Referências:
VIZENTINI,
Paulo Fagundes. Breve História da
África. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.
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